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1. BEATRIZ (MORRO)
Corro desesperada em direção a saída do morro, não sinto as minhas pernas direito por tantos machucados pelo corpo. O pior é meu coração quebrado em cacos no peito, a adrenalina faz-me correr cada vez mais rápido para longe do meu inferno e ninguém me para, só percebo que olham para mim, as minhas roupas rasgadas e o sangue escorrendo do meu corpo deve ter despertado a curiosidade dos fofoqueiros ou talvez foi o recado que ele deu a todos antes de expulsar-me daqui. Me sinto perdida quando chego na avenida, sem ter para onde ir ao momento e vejo que a minha única salvação está no meu celular então faço uma ligação. — Oii, desculpa ligar assim, mass eu preciso que você me escute e ajude-me o mais rápido possível — sinto a respiração do outro lado acelerar e um bufar com um sussurrado.— Fala... — To perto de um posto de gasolina antes de chegar no morro, preciso que me tirem daqui agora ou podem vir para terminar de matar-me, quando chegar aí eu explico. — falo com vontade de chorar e envergonhada por ter várias pessoas me olhando com nojo. — Estão a caminho, um carro preto vai chegar aí em — ouço um resmungo baixo e então completa — 7 minutos do local, descarta esse celular antes de eu chegar, podem estar-te rastreando. Olho bem para meu celular, retiro a capa dele e lembro que guardei sempre minha CNH e o meu cartão ali, verifico a minha conta bancária onde tem muito dinheiro que nem sei de onde veio, mas deixo para ir atrás disso depois.Sinto me sufocando o pensamento que quem eu amo teve a coragem de fazer isso comigo, jurei que não tinha sido eu e não confiou em mim, duvidou, bateu, humilhou e me traiu na minha frente. Eu já sabia de outra traição de um dia atrás, fui em busca da verdade e para por um ponto final, queria seguir minha vida mas em troca da minha fidelidade, meu amor e minha confiança, foram por água a baixo. Nunca vou esquecer o que me fez e nem vou perdoar.Ando alguns passo e quebro ele no chão antes de descartar ele na lixeira, levanto o meu olhar e vejo a minha salvação chegando…Agora eu vou viver a minha nova vida…Entro no carro as pressas e logo vejo o movimento pela janela do carro. — Ele me traiu e quando fui terminar com ele, além do chifre, bateu, humilhou e transou com 2 putas na minha frente, ria e me humilhava com várias coisas. Todos naquela sala riram de mim, e o pior é eu nem saber o motivo de ter feito tudo isso comigo. Fui leal, amiga e uma boa namorada não foi? — assim que falo tudo em voz alta, solto um choro desesperado e sinto o meu peito afundando, vem um enjoo, mas seguro a ânsia — Eu to indo embora, mas um dia eu irei voltar e vou-me vingar dele, de todos que riram de mim ou não me chamo BEATRIZ! Logo que cuspo o resto do meu ódio para fora sinto meu corpo mole e a sensação de estar nas nuvens, quando tento respirar não vem o ar e aquilo me sufoca até eu apagar completamente.
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2. BARÃO O CHEFE DO CRIME PERFEITO [M]
Sabrina nunca teve liberdade ao ter lidar com uma irmã invejosa e uma mãe narcisista, um baile no morro onde mora, um dia de liberdade e um homem bonito que a seduziu. Tudo se transforma ao descobrir uma gestação antes mesmo de ter um namorado, sendo expulsa de casa vai procurar o pai do seu filho, quando descobre que o dono do morro tinha sido seu primeiro e único homem, era o pai do seu filho, ela vai confiante que ia ter ajuda. Barão é frio e sem coração, o famoso pega e não se apega. Descobre que a mina santinha que pegou no dia do baile, quer dar o golpe da barriga, dizendo que está grávida dele. Depois de rejeitar ela e o bebê que espera, ele oferece dinheiro para deixá-lo em paz. Desolada, ela aceita o dinheiro para se manter e vai morar numa pousada do outro lado do morro. Os anos se passam e o chefe do crime perfeito sente que algo tem de errado, quando assalta uma loja no shopping e a dona da loja se coloca na frente do menino que é a sua cara. Desistindo do assalto e descobrindo que rejeitou seu filho, o novo herdeiro do alemão. Agora o chefe do morro, vai buscar o perdão da mulher e do filho que rejeitou há três anos atrás.
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3. A ruína do traficante (um contrato de casamento no morro)
Aurora teve o futuro decidido pelos pais antes mesmo que tivesse a liberdade de escolher o seu caminho e quando descobriu que precisaria se casar com um desconhecido em uma aliança entre morros, prometeu fazer do casamento um inferno.— Lorenzo não terá nada de mim! — foi o que prometeu para si mentalmente Homens no geral eram mentirosos e não valia a pena se apaixonar por nenhum deles. Uma ex atiradora da Ndrangheta não era fraca e sim, ardilosa e inteligente para agir no momento certo. Eu ficaria viúva logo após meu casamento, isso era uma promessa!Lorenzo sempre foi frio e calculista, não tinha muitas amizades verdadeiras já que era envolto de decepções. Teve um grande amor na adolescência que partiu cedo demais, levando o coração dele junto. Era sinistro as explosões que eu causava quando ia para alguma missão ou para descontar minha raiva, mas também foi assim que fiquei conhecido pelas ruas do morro do Alemão conforme fui crescendo.Não sabia que teria que me casar e foi uma surpresa descobrir Aurora, a morena de olhos felinos que me fascinou a partir do momento que vi uma de suas fotos.Fiquei obcecado nela. Desde meus dezesseis anos acompanho cada passo dela pelas redes sociais, mas nem por isso deixei de seguir minha vida.Tinha a vida que qualquer um traficante queria, mulheres, muita grana e poder. Herdeiro do alemão e futuro dono do Vidigal, eram poucos que tinham isso.— Não é um contrato de fidelidade. Pelo menos ela é bonita e gostosa, me dará ótimos herdeiros se eu precisar algum dia — disse ele vendo uma nova foto no perfil da garota antes de sair de casa.Entre o amor e ódio os dois farão Rio de Janeiro ser pequeno para as explosões que irão causar.Dizem que existe uma linha tênue entre o amor e o ódio, mas será que é realmente possível amar uma pessoa que você odeia na mesma intensidade?
