Aviso e apresentações
Leitor(a) tenho alguns recadinhos antes de iniciar o livro, leiam com atenção.
Essa história é dos herdeiros dos livros anteriores, BEATRIZ e BARÃO. Todos os livros podem serem lidos separadamente sem influenciar na leitura do outros.
Eu sei que vocês são ansiosas por mais e mais capítulos, mas peço a colaboração e paciência de vocês. Vou finalizar o livro do Barão e depois irei me dedicar totalmente nesse quando chegar ao fim.
Fotos dos personagens serão disponibilizadas meu perfil no inst4gram @autoraamandascheper conforme a história desencadeia os personagens.
Aviso de gatilho
Este livro contém abordagens sensíveis a temas como abuso psicológico, menção de aborto, cenas de assédio, abuso psicológico e moral, sexø explícito, uso de drøgas e álcool em excesso, torturas e agressões extremas. Recomendo uma leitura com cuidado, considerando ter sensibilidade do leitor para esses assuntos. Caso sinta desconforto é aconselhável buscar ajuda durante a leitura.
Nota da autora
Esse livrø é meu terceiro, talvez por isso encontrem alguns erros na escrita e pontuação.
Eu amo escrever para vocês e conto com cada leitora que me acompanha. Tento dar meu melhor aqui e as vezes fico desmotivada ao ler coisas negativas, relevo, mas nem sempre dá para não se chatear e por isso peço empatia pelo meu trabalho.
Se você está à procura um livrø com uma mocinha submissa não é aqui que encontrará! As personagens desse livrø vivem uma vida igual qualquer mulher solteira (fica com quem quiser) e nem por isso são putäs. Cada um leva a vida como bem quer e elas não abaixam a cabeça para homem nenhum, se tiverem vontade vão fazer e ponto. Para as que vão continuar comigo aqui, sejam bem-vindas em: A ruína do traficante...
Um pouco do casal principal
Aurora Soares foi criada na Itália com sua família, descobriu desde nova seu fascínio por armas e sangue. Treinamentos intensos desde seus 8 anos foi o que levou ela a ser contratada como atiradora de elite da máfia italiana aos 14. Desde então, trabalhava em missões para executar inimigos e não deixar rastos.
Se aproximou do futuro don ainda na adolescência e o que era somente uma amizade se tornou paixão. Sem saber que era uma ilusão ter uma relação com o herdeiro da Ndrangheta, foi rejeitada por ele que cumpriria um contrato de casamento arranjado pelos pais para unir famílias de grande prestígio da Itália. Sua raiva não deixou ele impune, a vingança foi queimar a cobertura onde tanto se encontraram e o carro preferido de Salvatore. Seus pais vendo o que acontecia decidiram abrir o jogo achando que seria melhor assim, se soubesse que também tinha sido colocada em um acordo de casamento no Brasil.
Escutando tudo o que seus pais tinham a dizer, saiu debochando mesmo aceitando o casamento já tinha um plano em mente.
Aurora on:
Meus cabelos cacheados e a pele morena me deixavam ainda mais parecida com minha mãe. Tinha acabado de completar meus dezoito anos quando tive que passar por um inferno ao ser rejeitada por aquele filhinho de papai, achei pouco ter destruído a cobertura e seu carro preferido, queria mesmo era arrancar aquele sorriso que vivia em seus lábios com uma faca e eu era boa nisso!
Não quis saber quem seria o meu "marido" já que não iria durar muito esse relacionamento, assim que eu tivesse chances iria matar ele se fosse possível.
Fazia dias que eu começava acompanhar o Instägram de várias pessoas conhecidas do morro, como meus primos e meus tios, soava até engraçado eu ter dois pirralhos da idade do meu irmão praticamente como tios. Dava pra ver que tudo era bem diferente lá e cada vez que eu falava com meus avós, me mostravam uma parte do morro com várias garotas vulgares e não podia falar muito já que certas roupas mostravam bastante meu corpo que não era como elas, mas pelo menos eu não andava empinando a bundä de um jeito engraçado do jeito que elas faziam. Os piercings que elas usavam pelo corpo foi a única coisa que me despertou vontade de inovar em alguma coisa, eu procuraria alguém para colocar em mim assim que pisasse em solo brasileiro.
Já sabia que o amor não era pra mim, o que custava agora eu aproveitar os cariocas antes do maldito casamento? Eu iria aproveitar minha vida até me tornar viúva!
Lorenzo (Sinistro) on:
Maior satisfação de ser carioca da gema. Pørra se me contassem que desde menor eu ia ser apaixonado por fogo ou melhor, explosões, eu acho que daria risada dizendo que preferia ser um químico. Não era uma mentira já que de fato eu ainda gostava. Foi assim que descobri meu fascínio quando aos 5 anos tive uma ideia genial de testar alguns produtos químicos na sala de aula e causou uma leve explosão, depois disso gravei toda a fórmula que usei e a refiz em maior quantidade comprando pela Internet sem meus pais saberem, usei na casa de um vapor do meu pai que me irritou.
Conforme eu crescia minha inteligência aumentava e ninguém mais me segurava, em casa me comportava e na rua já sabia de tudo que acontecia no morro. Não fui uma criança fácil depois que comecei aprontar, mas assim que decidiram me matricular na escola aqui do morro mermo com10 anos, eu mudei drasticamente.
Me apaixonei por Julieta assim que coloquei meus olhos nela, a garota tinha um brilho diferente que me conquistou sem precisar falar nada. Fui me aproximando dela já que descobriram que o herdeiro do alemão agora frequentava a escola dali mermo e isso me deu maior facilidade de fazer muitas amizades, até mesmo com ela.
Tudo aconteceu no tempo certo ou eu acho que foi assim, dei meu primeiro beijo nela em uma festa da escola aos 12 anos e decidimos namorar escondido já que ela tinha medo dos meus pais não aceitarem, eu sabia que seria de boa e não insisti.
Meus melhores momentos foram com ela e dois anos depois ainda ficávamos na escola e eu inventava algum bagulho para sair a tarde para ir direto pra goma dela já que sua mãe trabalhava durante o dia, numa dessas rolou nossa primeira vez e ela engravidou assim que fez 14 anos.
O susto foi grande e o medo que ela tinha de ser rejeitada pela mãe era føda, eu cuidei para que ficasse tranquila e no dia que iríamos contar para meus pais teve uma invasão da milícia, surpreendeu todo mundo porque fazia anos que não tinha nenhuma ameaça e vivíamos tranquilos. O que era pra ser uma alegria se tornou um pesadelo.
Eu lembro como se fosse hoje...
Anos atrás...
Eu tava desarmado já que tinha ido buscar Julieta em casa, nesses momentos não ia com a glock que sempre estava comigo. Assim que saímos da sua goma, no segundo beco que passamos escutamos os fogos no céu estourando.
Treinei desde novo defesa pessoal com armas brancas e aprendi atirar, filho de dono de morro não podia andar como se sua vida não valesse nada e por isso fui bem treinado para isso.
Hoje era um dia que não era pra acontecer isso ainda mais comigo despreparado.
Num instinto de proteção corri segurando a mão dela até um beco mais afastado, assim que parei para respirar senti a falta dela imediatamente e voltei correndo tentando entender o que aconteceu. A surpresa que eu tive foi ver um bota segurando o braço dela com força.
— Cadê o viadinhø do teu namorado cadelä? — sacudiu seu corpo e lágrimas grossas escorriam do seu rosto
— Ele correu e não consegui acompanhar... É a verdade, juro — prometeu com os olhos mostrando todo medo ali
Ameacei correr para enfrentar de frente aquele maldito cü azul, no primeiro passo que dei fui agarrado por trás e tive minha boca tampada.
— Eu sei que é difícil, tu não vai se entregar assim para esses filhos da püta — Vi Pitibull me segurando e engoli o nó que se formou em minha garganta
— Não posso deixar ela morrer assim... Não posso... — balancei a cabeça sentindo meu coração acelerado quando olhei para frente vendo ela levar o primeiro tapa na cara e forcei o máximo que pude para ajudá-la
— Anda vadià, entrega aquele pirralho logo desgraçada — deu um soco com força nela e me sacudi nervoso
— Eu vou apagar ele e ela vai ficar bem — prometeu Pitibull no meu ouvido e afrouxou o aperto ao redor do meu corpo — Fica tranquilo que ele vai pagar, já é? — assenti positivo confiando na sua palavra, mas foi tempo suficiente de distração para que o bota sumisse com ela sem que eu notasse
— Onde eles tão? — perguntei nervoso e vi o melhor amigo do meu pai passando a mão na cabeça preocupado
— Pørra, eles não devem estar longe — constatou pegando a AK-47 da bandoleira — Vou na frente e tu vem pianinho atrás, pega essa arma — me estendeu uma .40 que eu peguei com prontidão
Segui ele descendo e entrando em becos enquanto trocava tiro com a polícia, minutos depois quando a movimentação começou a diminuir, o rádio dele apitou.
Radinho on:
— Pitibull, cola aqui no barraco da 15 — falou alguém que não reconheci — Acabaram com a vida da filha da Ana, arragaçaram a mina e vamo da um jeito de não deixar passar batido essa judiação não pow, ta feio o bagulho — parecia que tinham me golpeado com várias facadas nas costas e travei
Pitibull desligou o rádio com a cara de culpado me olhando olho no olho.
Radinho off
Não quis ficar ali para saber de nada, então consegui correr para ver com meus próprios olhos ela lá dentro de um barraco usado no tráfico.
A cena dela nua com marcas pelo corpo da violência que sofreu e toda exposta ali nua com um tiro na testa, matou todo amor que eu tinha dentro de mim. Eu sabia que nunca amaria alguém novamente.
Gritei para todos saírem dali e consegui um lençol que estava num canto sujo e cobri seu corpo, chorei como nunca até sua mãe chegar me abraçando forte.
Atualmente...
Eu fui me fechando cada vez mais aos relacionamentos, vivia a minha vida regrada de mulheres e tudo que o crime podia me oferecer. Nunca contei aos meus pais sobre a gravidez da Julieta, sabiam que ela tinha sido importante para mim, mas não sabem o tanto que foi.
Quando completei dezesseis anos, Breno e Nina me chamaram para conversar, ali fiquei püto com a ideia errada que soltaram. Como eu iria casar com uma mina que nunca nem sabia da existência? Era furada, só pode!
Em um dia tranquilo de rolê na Rocinha eu descobri um menor da hora lá, Pietro era o nome dele e era novinho pra caralhø, além de ter um irmão gêmeo, o Benjamin. Amizade fortaleceu legal em cada ida pra lá e o engraçado era a idade deles que não tinha nada a ver com a minha.
Por um acaso na mesma época eu soube da Aurora numa conversa da minha mãe e fui atrás de ver a mina, pørra era muito gata e gostosa, coincidência os menor ser tios dela, mas fiquei quieto quando me contaram pra não dar merdä depois.
Acabei aceitando meu destino ficando obcecado nas fotos que ela postava.
Agora com dezenove anos já estava pronto para conhecer minha futura mulher. Todas elas queriam o pai aqui, moreno tatuado, cara de bandido e pow não é por nada não, mas meu sorriso convencia qualquer uma a cair matando em mim, ela não seria diferente. Eu queria conhecer minha obsessão e acertar os termos do nosso casamento.
O Vidigal seria gerenciado por mim durante três meses para saber se eu já tinha aptidão como dono, eu ia precisar conviver com ela de boa na merma casa até o dia do casamento, pelo o que fui informado. A merdä era ficar junto com ela no mermo ambiente e no fim acabar se apegando, odiava frustrar as mina com quem eu transava porque sempre dava treta com as outras da rua, aí é føda.
Não teria fidelidade. Não ia ter amor. Não queria ninguém no meu pé.
Casamento não era sinal de compromisso, mas não ia deixar ela sair me dando fama de cornø por aí. Não sou palhaço e muito menos boi para ter chifre.
Aurora ia ser totalmente minha e eu seria de todas, sempre seria assim com qualquer uma...